Holanda: Amsterdam, Haarlem, Zaanstad, Volendam, Marken

Holanda
Primeira parada na Europa: Holanda! Depois de 12 horinhas dentro de um avião e da carga emocional que foi dar tchau para as pessoas que mais amamos…precisávamos descer do avião logo e começar a bater perna pra encher a cabeça! O aeroporto já foi o primeiro choque pra quem tinha embarcado no Brasil há algumas horas apenas…pessoas super educadas te atendendo e uma organização de dar gosto. Placas pra todos os lados indicando onde poderíamos pegar os trens pro centro de Amsterdam. Pra vocês terem uma ideia, o cara que nos atendeu no controle de passaporte perguntou até quando ficaríamos no país. Nós, ansiosos por provar que não estávamos fazendo falcatrua nenhuma, já começamos a pegar passagem e comprovante de hotel dentro da nossa pasta de documentos, mas o carinha nos interrompeu e disse: Hey guys, relax…I trust you…you just have to say the day and we are OK! Tradução livre da Maguzinha: gente, relaxa, eu acredito em vocês….basta me dizer o dia e está tudo bem!
Que diferença, né?! Começamos bem…simbora explorar a Holanda!

Ficha Técnica da Holanda:
Quando fomos pra lá: Junho
Temperatura média na época: 17 graus de dia e 10 graus à noite
Quantos dias passamos lá: 3 dias e 3 noites

O que você vai encontrar neste post (se preferir, pode clicar nos assuntos pra ir mais rapidinho…rs): 
Basta seguir as plaquinhas para a estação Schirpol (estação do aeroporto mesmo), é muito simples. Eu já tinha pesquisado diferentes rotas pra chegarmos ao mesmo local no centro de Amsterdam: estação Amsterdam Centraal (tem essas duas letras “a” mesmo, não digitei errado não….rs).
Existe um site que te ajuda a planejar qualquer viagem na Holanda: http://9292.nl/en
Além do site, você também pode instalar o aplicativo “9292” no celular e ficar tranquilo durante toda a viagem. Seguem alguns exemplos de como vc pode chegar ao centro de Amsterdam saindo do aeroporto:

Sugestão 1: pegar trem em direção a Lelystad Centrum e descer na Amsterdam Centraal (19 min, 3 paradas)
Sugestão 2: pegar trem Fyra em direção a Amsterdam Centraal e descer na Amsterdam Centraal (14 min, 1 parada)
Sugestão 3: pegar trem Sprinter em direção a Amersfoort e descer na Amsterdam Centraal (18 min, 3 paradas)

O ticket custou 3,90 euros na ocasião, não deve variar muito disso, mas você confere os preços certinhos através do site que passei. 




Locker em Amsterdam:

Caso precise, a estação central tem serviço de locker (pra guardar suas malas), em holandês é “Bagage ruimte”, viu? Funciona das 07 às 23 horas todos os dias e aceita ficar com suas malas por até 72 horas, depois desse período sua mala vai pro Achados e Perdidos… A mala grande custa 4,90 euros e a pequena 3,30 euros (as primeiras 24 hrs). Entre 24 e 48hrs, acrescentar 50% desse valor. Entre 48 e 72hrs, acrescentar 100%. Mais informações: http://www.ns.nl/en/travellers/about-your-trip/travelling-by-train/facilities-at-the-station

Acomodação em Amsterdam:
Durante nosso planejamento, encontramos várias opções de acomodação em Amsterdam, todas com bons preços para a época que iríamos e muito bem localizadas. Acabamos optando por um hostel num barco, afinal de contas, Amsterdam é ou não é a terra das casas-barco? O hostel se chama Vita Nova Amsterdam e fica em Oosterdok (docas) bem próximo ao Museu do Nemo. Na época pagamos EUR 28,50 por pessoa por noite. Apesar de o quarto ser bem pequeninho (bem mesmo…rs) e não ter banheiro (o banheiro era compartilhado), o preço incluía um excelente café da manhã!
Primeiro dia:

Oude Kerk e Red District Light:

Deixamos as malas no nosso quarto (tivemos que ficar do lado de fora pra elas entrarem, foi praticamente um parto…heheheh) e já saímos pra bater perna. Pra quem estava chegando do Brasil, mais precisamente do Rio de Janeiro depois de um fim de semana de praia, estava um friozinho considerável. O funcionário do hostel nos deu um mapinha onde ele marcou tudo que poderíamos precisar nesses 3 dias por aqui, todos os pontos turísticos, mercados, farmácias, aluguel de bicicletas, etc. Aliás, vejam o tópico Aluguel de Bike mais pra frente, onde vou falar do desconto que tivemos por conta do hostel.
Do “nosso barco” fomos andando pelas ruazinhas de Amsterdam e seus charmosos canais até a Oude Kerk ou Igreja Velha pra quem não sabe falar holandês…rs! Essa igreja antiga fica bem no centro do famoso Red District Light, Bairro da Luz Vermelha. Aqui vc não pode se assustar com nada, porque pra todo lado que vc olhe tem um sex shop com utensílios que vc nem imagina COMO e SE poderia usar, coffee shops (onde vendem maconha e outras artigos derivados…rs), além das famosas vitrines com mulheres totalmente nuas (peladonas mesmo) se exibindo pra conseguir clientes! Aquele lugar é uma zona (desculpem o trocadilho…rs)! Mas é super legal ver como jovens ou velhos em busca de “produtos diversos” e famílias inteiras convivem num ambiente doido desses…coisa que só se vê em Amsterdam! E o melhor: totalmente seguro, quanto a isso não se preocupe. Só não vá dar uma de espertinho e querer tirar foto das meninas nas vitrines, aí sim é confusão na certa. Não aconteceu nada quando estávamos por lá, mas já li em outros blogs que muita gente foi pego por seguranças a paisana que saem de repente de becos inesperados pra pegar o celular do engraçadinho…so be careful!

A ideia é ir se embrenhando pelas ruazinhas dessa cidade e ir se surpreendendo a cada esquina. Vocês não têm noção da quantidade de “estacionamentos” de bicicletas que tem naquele lugar…todos com a capacidade lotada! Bem, fomos andando, andando…até chegar a enorme Praça Dam, local que foi um feudo hippie nos anos 60 e hoje abriga o Palácio Real (Koninklijk Paleis), o museu de cera Madame Tussauds e a Niewe Kerk (Nova Igreja). Existe, inclusive, um ateliê de lapidação de diamantes ali na praça, mas acabamos nem procurando pq queríamos mesmo ficar batendo perna pela cidade.
Seguimos da Praça Dam até o Begijnhof, uma vila de casinhas que pertenciam às freiras antigamente. Pelo caminho até lá nos deparamos com várias lojas de queijo… PELO AMOR DE DEUS, minha gente! Essas coisas não poderiam existir, não!!! É uma afronta! E ainda por cima todos os queijos (e são muitos) tem amostras grátis pra vc se decidir por qual levar…se é que isso é possível! Eu pirei….e comi muita amostra grátis!

 

Bom, voltando o foco ao Begijnhof, o lugar é encantador, as casinhas parecem de bonecas e os jardins de contos de fadas! Prestem atenção a uma casinha preta que fica em um dos cantinhos da vila, pois essa é a casa mais antiga de Amsterdam! Não se preocupem, vocês vão reconhecê-la facilmente já que as demais casas são, em sua maioria, em tons de marrons ou branquinhas.
Saindo do antigo refúgio das freiras, voltamos pro burburinho de Amsterdam e seguimos até a Torre da Moeda (Munttorren), na praça Muntplein. Essa torre demarca onde existia o antigo muro que protegia a cidade. Para ver o roteiro todo eu fucei em vários blogs e um dos melhores estava aqui: http://www.ducsamsterdam.net/no-rastro-do-antigo-muro-da-cidade-de-amsterdam/
Muito próximo a Muntplein fica o canal Singel e seu famosíssimo Mercado Flutuante de Flores. Vale muito a pena andar pelas margens desse canal e se perder em meio a tantas barraquinhas de flores e outras lembrancinhas (até mudas de maconha pra plantar no seu quintal). Ah, claro…sabe quem está de volta por aqui? As lojas de queijo….aproveite sem moderação!
A Holanda é mundialmente conhecida por seus moinhos, como vocês
devem saber tão bem quanto eu, e por isso queríamos ver de perto o motivo de tanta fama. Acontece que só existe um moinho próximo ao centro de Amsterdam, todos os outros são bem mais afastados. E qual não foi a nossa felicidade ao descobrirmos que esse único moinho pertence a uma cervejaria tradicionalíssima da cidade? Chato, né?! Bom….do centro da cidade é uma bela caminhada até o moinho, se tivéssemos pensado melhor, teríamos deixado pra ir lá no dia que alugamos a bike. Ou teríamos alugado uma bike desde o primeiro dia, acho que teria sido até melhor, porque nos cansamos bastante andando de um lado pro outro. Enfim, depois de andar bastante para chegar a cervejaria Brouwerij ’t IJ (eita nome complicado, viu), só nos restava tomar algumas cervejinhas pra relaxar o corpo cansado e clarear a mente. Melhor decisão que tivemos…rs!
Cada um experimentou as três cervejas que eles produzem: Zatte, Natte e Plzeñ.
Uma melhor que a outra! Pra quem quiser saber mais sobre a cervejaria, ta aí o site deles: http://www.brouwerijhetij.nl/brewery/
Bom, depois de tantas andanças e surpresas na capital holandesa, esse foi o melhor jeito de encerramos nosso primeiro dia e nos prepararmos pra batalha do próximo!
Segundo dia:
Como o Nemo era praticamente ao lado do nosso barco, fomos andando até ele logo cedo, antes mesmo de irmos alugar as bicicletas ali perto. O Nemo tem um formato bem peculiar, de longe vc já reconhece sua estrutura. Ele imita um navio, inclusive na cor meio azul esverdeado, ou verde azulado. Bem legal! 



Ele é um museu de ciências, com todos aqueles experimentos doidos que os professores usam pra explicar os princípios da física pros alunos, sabe?
Parecia bem interessante, mas como nosso tempo era curto preferimos não entrar no museu e só subir no seu telhado pra admirar a vista. A entrado pro telhado é free, não paga nada e é só você ir subindo pelo lado de fora mesmo…bem doido! 

Lá em cima tem vários brinquedos e joguinhos pra quebrar a cabeça e se divertir um pouquinho, além do visual da cidade de Amsterdam. Total recomendo!

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Aluguel de bicicletas em Amsterdam:
Lembra que quando eu falei sobre a nossa acomodação eu disse que o funcionário do hostel mencionou sobre o aluguel de bicicleta? Pois bem, ele não só mencionou isso como nos deu um flyer que dava direito a um desconto de 10% no aluguel de bikes nesse lugar. Saindo do Nemo fomos direto pra essa loja e alugamos duas bicicletas pelo dia todo. Cada uma sairia por 9 euros a diária, só que com o desconto foi EUR 8,10 por cabeça. Eles também te ensinam direitinho como usar a tranca da bicicleta, portanto preste atenção! Tem um macete básico e uma sequência exata de passos que vc deve seguir pra não ficar brigando com o cadeado. Acredite, vc não vai chegar a lugar nenhum…rs!
A única coisa que ficamos meio preocupados foi porque deixamos o meu passaporte como garantia com a mulher da loja, já que ela pediu um documento com foto como garantia. Um conselho? Não faça isso não…eu fiquei neurótica o dia todo, com medo de precisar usar meu passaporte pra alguma coisa e não estar com ele… Então se vc tiver que deixar algo, deixe sua carteira de motorista do Brasil, por exemplo. Ou qualquer carteirinha que vc tenha, de estudante, do convênio da farmácia, sei lá…mas não o seu passaporte, OK?
Enfim, posso afirmar pra vcs: compensou muito! Além da facilidade de locomoção e de evitar o cansaço dos pés, a experiência de andar de bike por Amsterdam, se misturando com os nativos, buscando vagas pra estacionar…é indescritível! Então a dica é essa: não importa em qual hotel vc esteja, pergunte sobre o aluguel de bicicletas porque a maioria dos lugares tem convênios que te darão desconto! Vá com calma nos primeiros momentos com a bike porque você precisa se adaptar ao jeito de frear, às ruas e aos sinais de trânsito, ao jeito de trancar a bicicleta nos “estacionamentos”, etc.
Divirta-se!
Nosso primeiro destino sobre duas rodas foi o Hermitage. O edifício
é enorme e muito imponente, desde o dia anterior nós estávamos babando no tamanho da estrutura dele. O Hermitage Amsterdam é uma versão menor, praticamente uma homenagem ao Hermitage da Rússia, que fica em São Petersburgo.
Pra quem curte arte aqui é, sem dúvida, um prato cheio. Não perca por nada. Nós resolvemos não entrar nas exibições, só ficamos dando uma voltinha pelos jardins e nas áreas free do museu. Pra admirar a construção mesmo, já que arte não é nossa praia. E sabe o melhor? O preço do ingresso gira em torno de 0,75 euros…isso mesmo: centavos! Enjoy!
Pra ser bem sincero com vcs, aqui está o motivo de não termos entrado no Hermitage…nós queríamos curtir com mais tranquilidade a experiência na Heineken, se é que vcs me entendem…hehehehe! De bicicleta tudo é muito mais rápido pra chegar, então logo depois de sairmos do Hermitage avistamos os prédios da Heineken. O barco verde todo estilizado estacionado no canal em frente aos prédios também contribuiu pra nossa curiosidade, claro! Simplesmente imperdível pra quem gosta ou não de cerveja, acreditem! Se vc gosta de cerveja como a gente, seria um sacrilégio estar em Amsterdam e não ter essa experiência. Se vc não bebe ou não curte cerveja, as interações altamente tecnológicas que vc vai ter lá dentro já valem seu ingresso! O tour é muito bem feito, te levando por toda história da criação da Heineken e todas as etapas da produção da cerveja. 



Vc pode ir experimentando os ingredientes a cada etapa, pode tirar dúvidas com os representantes em cada sala…enfim, vale muito! 



E pra coroar tudo isso, no final do tour cada pessoa tem direito a duas pints (o jeito certo de ler é “páint”, tá?), que são os “copos” usados na Europa pra tomar cerveja, como se fossem nossas tulipas de chopp. Cada pint tem quase meio litro de cerveja (na verdade são 473,17 ml).
A última sala, ou o bar onde vc pode tomar suas pints, é toda high-tech, moderníssima! Experimente sentar em uma das mesas e colocar seu copo sobre ela…vc vai ver uma bolacha (o suporte da cerveja) se formar onde quer que vc coloque o copo…animal! Imagens do mundo todo ficam passando ao seu redor, muitas do Brasil.



Vc ainda tem direito a fazer um passeio no barco da Heineken (lembra aquele barco verde que vimos lá fora? Então, ele mesmo!) pra ir buscar um souvenir da cervejaria. Caso vc não queira ou não tenha tempo pra esperar e ir com o barco (ele tem horários definidos), vc pode ir depois por sua conta à loja da Heineken no centro e retirar seu brinde. Foi o que fizemos!
De qualquer forma, essa experiência na Heineken é imperdível, aproveite!

De volta a bicicletinha, depois de um esforço enorme pra destrancá-la e me equilibrar sobre ela (foram duas pints e várias degustações com o estomago vazio…rs), pedalamos sentido a Museumplein, ou praça dos museus. O local não é chamado assim a toa, já que muitos museus estão por todos os lados dessa enorme praça, como o Rijksmuseum e o Van Gogh Museum, por exemplo. Além disso, é aqui que está aquele famoso letreiro “I AMsterdam”, sabe?
O lugar é simplesmente lindo, aproveite pra esticar as canelas um pouco, relaxar, tirar lindas fotos, entrar nos museus de sua preferência…enfim! Viver Amsterdam na sua melhor forma!
Da praça dos museus estávamos a poucas pedaladas do Vondelpark, um dos maiores parques da cidade, se não o maior deles. Nossa ideia era justamente entrar pelo lado do parque que ficava mais próximo a Museumplein e dar uma volta completa pelo parque pra sair novamente na ponta de onde os barcos saíam pra fazer passeios pelos canais de Amsterdam. Mais uma vez, a bicicleta nos ajudou muito, porque o parque é imenso, com muitas coisas pra ver. De bicicleta ficou tudo mais fácil e prático, com certeza. Pode sair pedalando (ou andando, se vc preferir assim) por todos os cantos, cada um tem uma paisagem linda.
Existem mapas espalhados por todos os lados pra vc se localizar, então não se preocupe.
Passeio de lancha pelos canais de Amsterdam:
Pra vcs terem uma referência, os barcos saem do canal em frente ao Hard Rock Café Amsterdam. Claro que existem outros pontos na cidade de ontem barcos de passeio partem também, é que pro nosso roteiro esse era o mais prático. Nós fomos pela empresa Amsterdam Canal Cruises (http://www.amsterdamcanalcruises.nl/en/canalcruise_dayhttps://magupelomundo.com/blog/), mas existem muitas outras. Por exemplo, a Rederijkooji e a Lovers. O nosso passeio custou 15 euros por pessoa e durou cerca de 1 hora e 15 minutinhos.
Sinceramente, não tem como ir a Amsterdam e não fazer um passeio desses! Dentro do barco todos os assentos tem guia de áudio em várias línguas, português é uma delas.
Pronto, vc só precisa sentar, relaxar e apreciar a paisagem sem moderação!
Na volta do passeio de barco, pegamos nossa bicicletinha e rumamos para a Casa de Anne Frank, onde tínhamos uma reserva para às 19:40. Como eu sempre reforço com vcs, planejamento é tudo na vida do viajante! Uns 2 meses antes de virmos pra Holanda, entrei no site da casa da Anne Frank e reservei um horário no dia de hoje para nossa visita. É tudo muito simples, me cadastrei e comprei os ingressos pra nós dois, indicando o dia e hora que eu gostaria de visitar. Claro que ficamos preocupados de qualquer coisa sair errado e nós perdermos os tickets, mas como gastamos 19 euros no total, a perda não seria nada desastrosa. Aliás, muito pelo contrário…quando chegamos pra estacionar as bikes na frente do museu e vimos o tamanho da fila pra entrar, um sorriso se abriu nas nossas carinhas de alívio… A reserva com antecedência nos dava o direito de cortar a fila, podíamos entrar direto pro museu. O único problema foi que terminamos nossa programação bem antes do previsto, então, teoricamente, teríamos que esperar até 19:40 pra entrar. Teoricamente…pq o Tiago foi até o guichê e perguntou pro segurança se poderíamos adiantar nossa visita….e podíamos!!! Entramos direto pro hall do museu e começamos nossa jornada pela experiência angustiante da pobre menina corajosa Anne Frank…
Olha, eu não sei como descrever a visita pra vcs, de coração. Mexeu muito comigo, me emocionou muito, me fez pensar em tudo que eu reclamo todos os dias e tudo que eu acho que é um problema… Doeu ouvir a voz de uma menina (eles simulavam a voz dela em alguns cômodos da casa, muito real) falando pra irmã que o sonho dela era, um dia, voltar a poder DAR RISADA ALTO novamente, de doer a barriga…pq toda vez que elas achavam algum motivo pra rir, o pai delas as repreendia pq eles poderiam ser descobertos pelos nazistas… Isso e muito mais… impressionante e emocionante…
Depois do turbilhão de emoções na Casa de Anne Frank, o melhor que tínhamos a fazer era agradecer a Deus por sermos livres e deixar o ar fresco bater em nossos rostos enquanto pedalávamos pelas ruas do bairro Jordaan. Simplesmente curtindo a oportunidade de viver mais esse dia, de viver coisas que muitas vezes não damos valor… O bairro é todo cheio de pequenos detalhes nas casinhas, nas margens dos canais, nos pequenos comércios…aprecie, aprecie, aprecie!
Fechamos nosso dia chegando a Rembrandtplein (Praça Rembrandt), um lugar super agradável, cheio de bares e restaurantes, pessoas deitadas nos gramados, jovens lendo…cheio de vida! Ficamos ali absorvendo aquele lugar por um tempinho, até que o ronco da nossa barriga tava tão alto que chegava a atrapalhar as pessoas ao redor! Hehehehe! Como disse, ali é cheio de bares e restaurantes, então a parte difícil é escolher um só pra comer…missão que demos conta numa boa!
A casa de Rembrandt é bem aqui perto também, mas infelizmente não tínhamos tempo nem energia pra ir até lá, vai ficar pra uma próxima, com certeza. E assim encerramos mais um dia na capital holandesa, um dia de fortes emoções, um dia pra ficar pra sempre na memória…
Aluguel de carro em Amsterdam:
Como tudo que fizemos até aqui, o aluguel do carro também foi planejado com antecedência. Sempre que vamos viajar e precisamos alugar carro dou uma olhadinha no site do Rental Car Group pra ver os preços do lugar. É sempre bom verificar nos sites das operadoras mais famosas também como Hertz, Avis, Sixt, etc, porque de vez em quando rola umas promoções excelentes pro período. Enfim, em Amsterdam tínhamos fechado tudo pela Rental Car Group e a agência de retirada era muito pertinho do nosso barco, na Estação Amsterdam Centraal mesmo.
Ou seja, mais do que perfeito! Alugamos um carro modelo Mini (que acabou sendo um Fiat 500 lindinho) que estava com uma diária de 56 euros. O carro era muito econômico e vinha com o tanque cheio, como no Brasil, então só precisamos completar no final do dia, o que saiu por míseros 17,20 euros! Acreditam? Claro que temos que considerar os gastos com estacionamentos em algumas das cidades que passamos:
-Estacionamento em Haarlem (na rua): EUR 3,00
-Estacionamento no Parque Zaanse Schans: EUR 7,50
-Estacionamento em Marken: EUR 4,50
Total: EUR 15,00
A única ressalva que faço é pra vcs se ligarem quando fizerem a reserva do carro, pq quem fez o cadastro e forneceu o cartão de crédito pro pagamento parcial é quem será o motorista habilitado. Além disso, essa mesma pessoa é quem vai assinar todos os papéis pra retirar o carro e terá que apresentar o MESMO CARTÃO USADO NA RESERVA para pagar o valor restante agora!!!
Muito importante! Sabem por quê? Porque isso significa que vcs precisam
considerar o valor do IOF do cartão de crédito brasileiro na diária do carro!
Sacaram? Pra não serem pegos de surpresa. A gente tinha reservado tudo no meu nome e no meu cartão, mas queríamos que o Tiago fosse o motorista. Pra isso, tivemos que adicionar um motorista (mais 10 euros) e tivemos que correr no hotel (sorte que era perto) pra pegar o cartão brasileiro que eu tinha usado na reserva….e sorte que tinha trazido, né?! Não vacilem então! Ahn, a carteira de habilitação do Brasil é aceita normalmente, tá?!
O funcionário da operadora de carro foi muito gente boa conosco e, enquanto estava nos mostrando o carro que usaríamos, foi dando sugestões de roteiros que poderíamos fazer naquele dia. Segundo ele, tudo era muito perto e o nosso roteiro (que incluía apenas o Parque dos Moinhos Zaanse Schans e Volendam-Marken) seria muito pouco pra um dia. Ainda bem que ouvimos ele…foi providencial!
Ligamos o GPS e já programamos a próxima parada como Haarlem, uma
cidadezinha que tem tradição de uma feira de queijos na praça principal todas as sextas-feiras. Eu já tinha pesquisado sobre essa cidade e achei bem interessante, mas, como disse, por estar com receio de não dar tempo de fazer tudo num dia só, tinha cortado do roteiro. Bem…lá vamos nós, recalculando rota! Rs
A cidade ficava a apenas 20 km de Amsterdam e chegamos lá muito rápido. As estradas são de outro mundo, sem comentários, mas o GPS é essencial pra quem é de fora! Como bons turistas que somos, tomamos trote da máquina de tickets pra estacionar na rua, claro! Uma porque ela estava em holandês…ninguém merece, né?! E outra pq não tínhamos dinheiro trocado…mais dicas então: é sempre bom ter moedas nesses casos, tá?! Hehehe Probleminhas a parte, a cidade é encantadora! Fomos nos enfiando pelas ruelas sem medo de nos perdermos e sempre olhando pra cima pra mirar na torre da igreja principal da cidade. Chegando à praça principal de Haarlem, a Grote Markt, ficamos abobalhados….parecia cidade de conto de fadas!!!
Lindoooo! O formato das casinhas, os cafés com TODAS as cadeiras viradas pra praça, como se estivessem a admirar um espetáculo…nossa, clima de Europa total! E a igreja no centro da praça, Grote Kerk, super imponente! Infelizmente não era sexta-feira para apreciarmos a feira de queijo artesanal, mas com certeza não perdemos nada em vir aqui! Total recomendo pra vcs!
Como era dia 12 de junho, pleno Dia dos Namorados no Brasil, tínhamos planejado esse dia pra passearmos num famosíssimo parque de moinhos na cidade de Zaanstad e aproveitarmos todas as atrações que eles ofereciam:
passeios de barco, andar de bicicleta, visitar os antigos moinhos…
Infelizmente o dia estava bem cinza e garoando muito, mas a visita valeu do mesmo jeito! O parque é lindíssimo, amplo e cheio de coisas pra visitar. Existe uma comunidade vivendo na outra margem do rio que corta o parque e eles mantêm os antigos hábitos e costumes holandeses até hoje, são meio que isolados do mundo. Vc pode chegar a essa comunidade atravessando a ponte a pé (tudo dentro do parque é bem afastado, então é uma caminhadinha boa) ou com os barcos que fazem essa travessia toda hora. Nós só demos uma rodada pelos pés dos moinhos, entramos nas lojinhas de artesanato e nas lojinhas de queijos, mas quem sabe vc não dê mais sorte e o dia esteja lindo e ensolarado pra uma boa pedalada,
hein?! Imperdível!
Saindo de Zaanstad, nossos próximos destinos seriam os vilarejos interligados de Volendam e Marken, mas seguimos a sugestão do cara da locadora do carro e traçamos a rota passando por outras cidades no caminho: Hoorn e Edam. Nós mal paramos nessas cidades para bater algumas fotos, mas só a experiência de ter visto as casinha ENCANTADORAS às margens dos canais, onde as garagens não são pra carros e sim pra barcos, já valeu a viagem!

 

Bem, chegando à primeira parte do nosso destino final, a cidade de Volendam, tomamos um susto pois as caras eram super normais pros nossos padrões, não parecia nada demais, sabe?! Ficamos com aquela cara de “Ué, o guia da Europa e o cara da locadora deram um trote na gente? Que lugar é esse?”, mas foi até nos enfiarmos em umas ruazinhas escondidas e darmos de cara com uma vila de casas de bonecas!!! Casinhas dos sonhos, coisa de outro mundo! Os jardins eram tão bem cuidados que dava medo até de bater foto…cadeiras de balanço nas varandas, gnomos e bruxinhas nos jardins, e flores, flores, flores…de todas as cores e formas! Ande sem pressa, sem rumo e sem piscar, aprecie a Holanda!

Marken é uma antiga “ilha” de pescadores que fica bem em frente ao vilarejo de Volendam. Eu tinha lido que há uma espécie de balsa que faz a travessia de Volendam pra Marken e vice-versa durante todo o dia, mas o GPS insistia em mostrar uma rota para o carro até Marken. Por isso, resolvemos perguntar pra um morador se essa rota existia e não é que o espertinho do GPS estava atualizado? Foi criada uma “perna” de terra até Marken para que os carros possam trafegar com mais agilidade, bem como os turistas curiosos. A balsa ainda existe e fica indo e voltando o tempo todo, para quem estiver interessado, mas fomos de carro mesmo! 



É estritamente proibido andar de carro na cidade, vc é obrigado a estacionar o carro na entrada do vilarejo num estacionamento pago (custou EUR 4,50 pelo tempo que ficamos). Para começar a andar no miolo do vilarejo vc certamente precisará atravessar uma das charmosas pontes de madeira (brug) que cercam Marken. 

Não esqueça de pegar um mapa do vilarejo, não pelo risco de se perder, mas pelo risco de deixar de ver algo! Vá à loja de sapatinhos de madeira, aqueles tamancos típicos da Holanda. Não tem como se enganar de onde é, tem um tamanco enorme na entrada da loja e uma vaca holandesa calçando sapatos! Fofa!!!

Enfie-se nas ruazinha de Marken sem rumo e tire muitas fotos, pq tudo aqui é diferente! Quando estiver cansado, vá pro cais, pra onde as balsas de Volendam chegam e sente-se num dos bares cafés para tomar uma cerveja apreciando a natureza.

Recomendo o café “De Visscher” que, além de ter as melhores cervejas do mundo, ainda é muuuuito barato e com ótimo atendimento! Vale a pena encerrar o dia assim…

E como tudo que é bom dura o suficiente para tornar-se inesquecível, assim encerrarmos a visita à Holanda. De Marken voltamos pra Amsterdam, entregamos o carro e fomos dormir cansadíssimos e felizes. Amanhã outra aventura se inicia, Bruxelas nos aguarda!
A Holanda vai, sem dúvida alguma, ficar pra sempre num cantinho especial dos nossos corações. Uma terra de gente receptiva, educada e feliz! Até a próxima, Holanda!
Ida de Amsterdam pra Bruxelas de ônibus:
Para ir pra Bruxelas de Amsterdam teríamos várias opções, mas depois
de muito fuçar em sites de transporte e blogs descobri a Eurolines e minha vida mudou! A Eurolines nada mais é que uma empresa de ônibus que roda a Europa todinha, está presente em praticamente todos os países e tem horários muito bons e preços ainda melhores. Pra vcs terem uma ideia, a passagem de Amsterdam para Bruxelas custou nada mais, nada menos do que 9 euros!!! Isso mesmo, menos de 10 euros pra ir de um país pro outro aqui…tudo bem que são dois países vizinhos, que até mesmo se consideram como um só, mas são dois países, ora bolas! Rs
Enfim, compramos as duas passagens pela internet também, ainda do Brasil, e trouxemos apenas os comprovantes impressos que eles enviam pro email que vc cadastrar. Não se esqueça de trazer isso, senão vc não pega sua passagem nem a pau…vai ter que comprar outra! A garagem da Eurolines em Amsterdam fica na Amstel Station, estação grande que fica a uns 7 ou 8 minutinhos da Estação Amsterdam Centraal. Pra ir pra Amstel vc pode pegar trem sentido Nijmegen ou sentido Gein, é só checar qual é o próximo. O ticket pra ir da estação central pra Amstel custou 2,10 euros pra cada um, compramos na maquina de vender tickets, mas se vc se sentir melhor comprando no guichê não se acanhe! A viagem estava prevista para durar das 08 às 10:45 a.m, com uma paradinha de 20 min na Antuérpia, e foi exatamente dentro do previsto que chegamos à capital da Bélgica! Veja a continuação da aventura no próximo post!
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