Não importa a fonte de consulta que eu usei pra minha pesquisa sobre Granada, todos afirmavam com convicção o fato dessa cidade ser um antro universitário como nenhum outro na Europa, quiçá no mundo! Um dos principais centros do ERASMUS, um convênio internacional de intercâmbio estudantil, Granada inspira e transpira vida! Acrescente o maior complexo Alcazar da Espanha e aí está: Granada é parada obrigatória! De quebra, pra não perder o ritmo, ainda demos uma passadinha por Almeria pra checar pq esse lugar atrai tantos estúdios de cinema (e filmagens de Game of Thrones, concidentemente…rs)! Se empolgou?
Ficha Técnica de Granada e Almeria:
Quando fomos pra lá: Janeiro
Temperatura média na época: 12 a 17 graus durante o dia e 8 a 11 graus durante a noite
Quantos dias passamos lá: 2 noites e 1,5 dias
O que você vai encontrar nesse post (se preferir, pode clicar nos assuntos pra ir mais rapidinho…rs):
Estradas e pedágios na Espanha
Acomodação em Granada
Alhambra e Generalife: o que é, como chegar, que ticket comprar?
Alhambra e Generalife: atrações
Bairro El Albaicín
Carrera del Darro e Paseo de los Tristes
Cidade Velha
Sacromonte: o berço do Flamenco!
Monastério de la Cartuja
Sugestões de áreas boêmias
Ida para Almeria e estacionamento por lá
Centro histórico de Almeria
El Cable Inglés em Almeria
Alcazaba de Almeria
Estradas e pedágios na Espanha
Basicamente, você, como turista que é, deve se preocupar com três tipos de estradas enquanto estiver dirigindo na Espanha: AP (autopistas), A (autovias) e locais (N, M, R, entre outras). Não deixe de conferir o mapa das principais rotas espanholas AQUI (e clicar na versão PDF pra imprimir e levar com vc na viagem)!
DICA: Sempre que vc puder (e quiser, claro) evitar essas APs, faça! As autovias (A) são excelentes (tão boas e rápidas quanto as AP) e são FREE! Nós fizemos o trecho saindo de Sevilha, passando por Córdoba, Málaga, Granada, Almeria, Múrcia, Cartagena, Alicante, Valência (e redondezas), Tarragona, Barcelona e Girona… Como vcs podem ver na imagem acima, esse trecho inclui muitas APs…mas conseguimos escapar de absolutamente TODAS através das estradas A e das N (menores e mais locais, mas, não por isso, menos boas)!
– AP (Autopistas): essas cobram pedágio e mto caro (mas mto caro meeeeeeesmo)!
OBS: Pra ter uma idéia dos valores dos pedágios, esse site AQUI é mto bom!
– A (Autovias): sem pedágio!
OBS: As rodovias com nome E tb são free, na verdade, algumas vezes são continuações das autovias A , ou mesmo SÃO as próprias A…mas, na dúvida, siga a placa pra A e esqueça a E, como no caso da foto abaixo (a não ser que elas apontem pro mesmo lugar, daí é só relaxar)!
– N: algumas autovias podem começar com outras letras, mesmo sendo autovias sem pedágio, como N, M e R! A gente usou e abusou das rodovias N (estão, geralmente, em vermelho nas placas), são excelentes, só são menores e mais lentas, por passarem por dentro das cidades (o que é uma maravilha pra quem não tá com pressa e quer passear, né?)!
DETALHE: Se usássemos as APs sem preocupação, gastaríamos algo como EUR 45 pra fz o trajeto….e não gastamos sequer um centavo, justamente por rodarmos apenas por estradas paralelas! A dica é configurar o seu GPS (importantíssimo carregar um pra ficar mais seguro) pra não pegar estradas com pedágios…e pronto! Ele faz tudo certinho! 😉
Acomodação em Granada
Nosso principal critério ao escolher o hotel em Granada, como fazemos na maioria dos lugares que visitamos, foi a localização! Nessa nossa saga pelo litoral espanhol isso era ainda mais importante, pq teríamos um tempo mais limitado pra conhecer tudo que queríamos, então, o fato de estarmos perto de tudo nas cidades era extremamente importante! Foi assim que encontramos o AB Pensión Granada…super bem localizado (fica AQUI), um preço bom e aparentemente suas instalações eram boas! Confirmamos quase tudo isso, pq ele realmente era bem localizado pelo preço que pagamos, as instalações eram razoavelmente boas (dentro do nosso padrão), banheiro limpinho, etc…só que fomos enganados no quesito internet liberada nas áreas comuns… Era liberada sim: mediante pagamento de uma taxa “simbólica” de EUR 5 por horaaaaaa!!! Absurdo! Abusiva! Isso nos deixou um pouco p da vida com o estabelecimento…mas fazer o que…vamos pra rua, pq estamos em Granada!
DETALHE: Outro ponto primordial era ter estacionamento incluído na diária, pq, pelo que pesquisamos (muuuuito), estacionar em Granada é muito caro, seja nas vagas na rua, seja em estacionamentos privados…nem pensar! Então isso foi prioridade durante a escolha do hotel! 😉
CURIOSIDADE: A coisa mais “peculiar” que já nos aconteceu, em termos de acomodação, rolou aqui… Toda vez que chegávamos da rua ou saíamos pra bater perna, no momento que estávamos subindo ou descendo a escadaria, uma “porta” (que mais parecia um compartimento, uma janela, sei lá o que…) no meio da parede da escadaria se abria e um senhor nos dizia “hola”! Ele estava deitado numa cama, geralmente vendo TV, de boassa….hehehehe! Mto estranho, mas suspeitamos que era o proprietário, ou pai do dono, sabe? Que coisa engraçada/esquisita! rs
Alhambra e Generalife: o que é, como chegar, que ticket comprar?
Esse deslumbrante complexo de palácios e fortalezas, localizado no alto de uma colina em Granada (fica AQUI), recebeu o nome de Alhambra (ou Alambra) por se originar de uma palavra árabe (Al Hamra) que remete à cor vermelha. Essa enorme cidade protegida por muralhas foi construída, em sua grande parte, entre 1248 e 1354, durante o reinado de Maomé I e seus sucessores! A maior influência de Alhambra está na Dinastia Nasrida, sendo basicamente um reflexo da cultura dos últimos anos desse reinado… É importante dizer que esse era o local onde artistas e intelectuais procuravam refúgio enquanto o cristianismo seguia reconquistando seu antigo territótio por todo o al-Andalus (como era chamada a Penísula Ibérica durante o domínio islâmico, ou seja, Espanha e Portugal)!
Fatos históricos à parte, aqui vc vai poder visitar vários edifícios e seus cômodos, conhecer artefatos e outras coisas típicas da cultura islâmica (sendo o alcazar mais bem preservado do país), além de babar em jardins magníficos!
ANTES DE MAIS NADA: VC PRECISA RESERVAR SEUS TICKETS COM ANTECEDÊNCIA (principalmente, dependendo da época que vc for…os ingressos esgotam mto fácil)!
Pra chegar lá em cima, vc pode sempre apelar pro táxi (caso vc tenha locomoção reduzida ou só seja preguiçoso/sedentário/vagabundo mesmo…rs), mas tb tem a opção de pegar mini-ônibus das seguintes linhas, dependendo de onde vc estiver (veja mais detalhes dos pontos de ônibus AQUI):
C3: Alhambra – Plaza Isabel La Católica
C4: Barranco del Abogado – Cementerio – Plaza Isabel la Católica
OBS: Nós subimos a pé, mas pegamos a linha C3 pra DESCER de Alhambra mais rápido e ir pro icônico bairro El Albaicin…mas tanto faz se vc está indo ou voltando, o trajeto (e as paradas do minibus) entre a Plaza Isabel La Catolica e Alhambra é o mesmo (AQUI)! Veja sobre as tarifas AQUI!
OBS 2: A transferência de um busão ou minibus pro outro é de graça se for dentro de 60 minutos entre as duas validações de tickets (q vc faz assim que entra no veículo)!
A subida a pé foi uma boa caminhadinha íngreme (1km a partir da Plaza Isabel La Catolica, veja trajeto AQUI), mas nada de outro mundo…e adoramos! Cansamos, mas adoramos…rs! É só engatar a primeira e ir aproveitando o mundo ao seu redor:
OBS: Vc precisa selecionar o horário que deseja visitar o complexo! Na verdade, esse horário será válido somente pra visita aos Palácios Nazários, vc PRECISA entrar no palácio EXATAMENTE nesse horário que vc marcou, nem 10 min antes, nem 10 min depois…senão vc PERDE seu ticket (sem choro, nem vela)! Tirando essa obrigação com a hora, vc pode seguir lá dentro do complexo pelo tempo que quiser antes e depois!
DICA: Nós reservamos o ticket ALHAMBRA GENERAL, pq queríamos ver tudo que tínhamos direito lá dentro! Não nos arrependemos, recomendo! 😉
DICA MASTER: Aconselho vcs a visitar primeiro os Palácios Nazários, que é o único local que te obriga a entrar no horário definido na compra do ticket (mta atenção a esse fato, como acabei de explicar)! Em seguida, vá explorar a Alcazaba, que fica do ladinho, antes de marchar (e que marcha, minha gente) até o Generalife! Veja AQUI algumas sugestões de itinerário dadas por eles!
ATENÇÃO, POR FAVOR: Chegar beeeeeeeeeem antes do horário q vc marcou seu ticket ao Pabellón de Acceso (Pavilhão de Acesso) para adentrar o complexo. Eu sugiro de 1h30min a 2hrs antes! Eles não são NADA organizados no momento da compra de tickets ou na retirada das reservas, caso vc NÃO tenha trazido o seu cartão de crédito usado na compra na internet! A melhor coisa é trazer esse bendito cartão de crédito, pq daí vc pode usar uma das trocentas máquinas automáticas pra retirar seu ticket, fugindo da fila desorganizada! Como nosso cartão tinha expirado, trouxemos o novo….adivinha? A máquina não reconhecia! Mais de 1 hr na fila (que tava pequena)!
Depois desse banho de informações, bora conhecer o complexo? Dps da saga pra retirar nossas reservas, passamos pela primeira entrada/portaria (foto abaixo), mas mal olharam nosso ticket, foi mais pra nos direcionar pros Palácios Nazários mesmo (estávamos quase atrasados)!
Siga a seta! Correeeee!
Logo ali na frente, como destino final da Calle Real, vc já vai se deparar com o imponente Palácio de Carlos V: nãaaaaao, isso aqui não é nem um pouco herança do domínio mouro, o palácio foi construído aqui dentro das muralhas de Alhambra pelo Rei Carlos em 1526, de tanto que ele curtiu a “localização”! Nada bobo, né?! A propósito, ele quis que o palácio tivesse estilo todo romano…taí:
A Calle Real é um show de edifícios públicos, vivendas e comércio, mas uma atração que se destaca é a Iglesia de Santa Maria: terminada no início do século XVII bem no lugar da antiga Mezquita Mayor da cidadela e sua casa de banho (ambos, atualmente, com algumas ruínas preservadas pra visitação)!
E no caminho (correndoooo, olha a hora) pra entrar nos Palácios Nazários, uma espiada no Patio de Machuca:
Aí está o final da (imensa) fila para adentrar os Palácios Nazários!
ATENÇÃO: Eles não te deixam entrar nem 10 min antes do horário que está no seu ticket, nem 10 min depois! A entrada é liberada por lotes de pessoas com o mesmo horário no ticket!
Alguns detalhes da Sala de la Barca (ou Sala Dorada) e do Salón de los Embajadores…lindos!
E a cada janelinha…uma vista feeeeia….
Com certeza, um dos grandes destaques da visita são os lindos pátios dos palácios e, nesse quesito, o Patio de Comares o de los Arrayanes bate um bolão:
Ou será que o Patio de los Leones ganha o troféu?
Quando o rolê pelo palácio termina, a visita está mal começando… Vc ainda vai poder passear pelo Partal, pelo Palacio de Yusuf III, entre muitos outros lugares lindos lá dentro…
DICA: Se se perder, é só ficar de olho nessas plaquinhas que estão por todo lado pra te orientar nas andanças e explorações!
ATENÇÃO: Vcs se lembrem que eu dei a dica de ir para a Alcazaba ao sair dos Palácios Nazários? Sim, né?! Então, faça como eu digo, e não como eu faço…. Hehehehe! A gte saiu marchando atrás do Generalife e só dps, qdo quisémos visitar a Alcazaba, que nos demos conta da volta absurdamente ridícula que demos à toa…tá vendo como quero ajudar vcs? Então, pode até olhar as fotos do Generalife na sequência, mas eu, se fosse vc, alternaria a visita como eu sugeri… 😉
Os “jardines bajos” do complexo do Generalife (by the way, é lotaaaado de escadas por lá, gente… nada de acessibilidade pra quem tem dificuldade ou impossibilidade de locomoção, infelizmente…):
O lindo Patio de la Acequia:
E aí está o Palacio del Generalife, propriamente dito: uma vila composta de vários jardins típicos da cultura moura que dominou a cidade murada nos seus tempos áureos!
Que tal a vista de lá do alto do Mirador Romântico?
Mais um pátio do complexo Generalife, agora o Patio del Ciprés de la Sultana:
E o pátio anterior termina numa linda (e íngreme) escadaria, a Escalera del Agua! Gente, estão vendo os “corrimões” da escadaria? São calhas para captar água (e escoar) por toda a cidadela e seus jardins! Que obra sinistra, sensacional!
Nossa última visita no complexo foi (erroneamente, como já disse) a Alcazaba! É incrível ver a quantidade de ruínas presente nesse lugar que foi o coração pulsante de toda a cidade murada…é uma viagem só o fato de vc poder andar livremente explorando as ruínas e, principalmente, apreciar a vista que se tinha daqui do alto! Aqui na Alcazaba vc vai poder ver os restos da Plaza de Armas, onde as paradas e desfiles militares rolavam, bem como as concentrações antes das batalhas… Há também as área onde se situavam as antigas moradias, tanto da elite da sociedade, como de soldados e outros simples comerciantes…
DICA: Não deixe de subir na Torre de la Vela (veja o canto superior esquerdo da foto abaixo, a torre com estandartes e bandeiras hasteadas)!
Olha a Torre del Cubo e a Torre del Homenaje aí (e a vista privilegiada do complexo todo para o tradicional bairro de El Albaicin):
Visão de quase toda a cidade de Granada, até onde as nuvens daquele dia nos permitiam ver:
Adoramos, amamos, ficamos boquiabertos (e com a língua de fora, de tão cansados das andanças)! Hora de partir pra exploração daquele lindo bairro de casinhas brancas tradicionais ali atrás da gte: El Albaicin! Bora?
PS: Vejam o que expliquei na parte de como vir pra cá, lá digo como nós descemos de volta! 😉
Bairro El Albaicín
Assim como a Alhambra e o Generalife, esse bairro na colina vizinha aos palácios foi declarado patrimônio da humanidade em 1984! O bairro, que também integra o “conglomerado islâmico” de Granada (junto com a Alhambra e outras regiões da cidade) se estende por ruelas estreitas desde o alto da Plaza de San Nicolas, passando pela Carrera del Darro até a Plaza Nueva!
Um ótimo ponto de partida pra admirar e explorar o bairro é o Mirador San Nicolás, de onde se tem uma vista de tirar o fôlego de Alhambra…PQP!!!
Fala sério: que imagem é essaaaaaaa??????!!!!!!!!!!!!
Aqui no mirante está a Iglesia de San Nicolás tb, construída em estilo mudéjar (estilo artístico com enorme influência muçulmana dos reinos cristãos da península ibérica) no ano de 1525, caso vc queria conhecer:
Vielas, construções e passagens que dão um ar único pra esse lugar:
DICA: Pra quem se interessar pela história do povo judeu aqui na Espanha, uma visita imperdível é o Palacio de los Olvidados, que fica AQUI! Infelizmente, assim como aconteceu em quase todas as partes do mundo onde eles tentaram reconstruir suas vidas, aqui na Espanha eles tb não foram mto bem recebidos e tratados…
Carrera del Darro e Paseo de los Tristes
Fizemos o nosso caminho descendo pelo El Albaicin até desembocarmos na Carrera del Darro: esse caminho todo estreitinho e bucólico às margens do rio Darro, onde vc pode ver várias casinhas em estilo mouro preservadas! É uma das “calles” mais antigas e movimentadas da cidade, um passeio obrigatório pra quem quiser conhecer um pouco mais do espírito de Granada, ainda mais qdo se pode caminhar desfrutando da sombra imponente da Alhambra! Uau!
A continuação da Carrera é o Paseo de los Tristes, que recebe esse nome pq os cortejos funerários (que se dirigiam ao cemitério atrás de Alhambra) passam sempre por aqui… Tanto a pracinha e a sua fonte original foram construídas em 1609!
DICA: Aqui fica uma das poucas construções mouras que resistiram à ira dos reis católicos qdo eles retomaram o controle do país: El Bañuelo! Trata-se de uma casa de banhos tipicamente árabe do século XI e é uma demonstração do grau de refinamento com que as construções daquele povo eram feitas! Veja detahes de preços e horários AQUI! Como fecha, geralmente, às 14 hrs, não conseguimos ir…mas o tio Google tá aí pra ajudar a gente, né?
Essa área é linda: SIM ou COM CERTEZA?
Cidade Velha
Depois de todo essa passeio bucólico pelas áreas mais visitadas de Granada, vc poderia pensar que já estava bom de locais históricos, né? Ora, ora, meus amigos…estamos na Europa! Aqui tudo é história! Quando voltamos para a Plaza Nueva (foto abaixo), era chegada a hora de conhecermos um pouquinho do centro histórico da cidade… Detalhe: de nova, essa praça não tem nada…é a mais antiga da cidade! 😉
A Gran Via de Colón é uma das avenidas principais da cidade (com certeza é a maior do centro histórico, que é dominado por vielas)! Aqui vc vai encontrar de tudo: de prédios comerciais, bancos, igrejas, até restaurantes, lojas de souvenirs e afins!
DICA: Se vc descer ela até o final (deixando Alhambra nas suas costas), vc vai pode chegar até a antiga porta de entrada pra cidade durante a dominação islâmica, que fica no final da Calle Elvira: Puerta Elvira (fica AQUI)!
Voltando à Plaza Nueva e ao centrinho histórico, de praticamente qq lugar é possível vislumbrar a linda Catedral de Granada…ela foi construída no local de uma antiga mesquita em 1505 por ordem de ninguém menos que Isabel de Castela, “la Católica”!
Vc pode saber melhor os detalhes de preço pra entrar e horários de funcionamento AQUI!
E por uma passagem quase que secreta, através de vielas simpáticas, saímos na Plaza de la Romanilla pra ter vivenviar um pouquinho mais do clima de Granada…
Dali a poucos metros está uma praça que funciona como coração do centro velho de Granada, a Plaza de Bib-Rambla! Sua origem remete à Idade Média e seu nome vem de uma das antigas portas da muralha do reino mouro, a porta Bib Arrambla que dava para o rio Darro! Dps da retomada católica, a praça já foi palco de justas, festas, touradas e outros “espetáculos” públicos, incluindo autos de fé da Inquisição, onde fogueiras eram usadas pra queimar tanto livros islâmicos, como pessoas…. #semcomentarios
Sacromonte: o berço do Flamenco!
Esse tradicional bairro granadino situa-se na colina e vale de Valparaíso, às margens do rio Darro (bem de frente para Alhambra)! É um dos bairros mais pitorescos da cidade, onde os ciganos se instalaram em Granada após a (re)conquista cristã em 1492… O mais característico daqui é sua paisagem e casas um tanto quanto “rústicas”, instaladas em grutas caiadas que servem como habitação! Aqui é comum se ouvir toques rasgados de guitarras, “cantes e quejíos” (cantos tradicionais andaluzes) acompanhando as zambras (danças tradicionais ciganas de flamenco)… Já deu pra entender pq esse lugar se tornou uma das principais atrações turísticas de Granada, né?
DETALHE: Sabe o flamenco? Isso, ele mesmo, famosão….então: foi inventado exatamente aqui em Sacromonte…tá bom pra vc?
Pra saber um pouco mais sobre esse bairro dê uma lida AQUI!
Monastério de la Cartuja
Localizado a alguns kms ao norte da cidade de Granada (fica AQUI), o Monastério de la Cartuja teve sua construção iniciada em 1505, mas levou mais de 3 séculos pra ficar pronto! Abrigou a comunidade de monges Cartuxos, ou seja, da ordem fundada por São Bruno ao norte de Grenoble, na França, no início do século XI! Considerando o tempo interminável que levou pra ficar pronto, podemos dizer que ele ficou ativo por pouquíssimos anos, já que, em 1842, foi destruído e teve seus monges expulsos daqui… Vai entender, né?!
Vc pode ver todos os detalhes de como chegar lá, horários e preços AQUI!
Sugestões de áreas boêmias
Já que estamos numa cidade predominantemente universitária, era de se esperar que a Maguzinha aqui deixasse dicas de áreas boêmias pra vcs se fartarem, não é mesmo? Aeeeeeeeeee!!! Aí vai:
– Calle Elvira: sem dúvida, um dos maiores pontos (se não O maior) de concentração e agitação da vida granadina! Aqui vc vai encontrar cafés, restaurantes, bares e baladas pra todos os gostos, bolsos e horários! Seja inverno ou verão! A gente não só almoçou por aqui durante o dia (restaurante árabe El Sultán, fotos abaixo da nossa comida maraaaaa), como tb viemos às noites para beber (opções das mais diversas possíveis)! Valeu a pena!
PS: Uma boa (e geladíssima) cerveja local sempre cai bem, né? Essa era a Alhambra 1925! Diliça!
DICA: À noite por lá tem ainda mais opções que de dia, sendo que, na maioria, vc vai encontrar as famosas tapas pra acompanhar sua(s) cervejinha(s)! Como sugestão, a gte amou o bar/pub/cervejaria La Riviera, tinha cervejas do mundo todo (e uma cardápio infindável de tapas maravilhosas)!
– Calle Pedro Antonio de Alarcón: ficava pertinho do nosso hotel (é uma área bem central da cidade)! Não se engane por essa rua/avenida aparentemente “normal”…ela (e suas redondezas) tb é cheia de barzinhos, restaurantes (supermercados tb, durante o dia) e muuuitas baladinhas (pra todas as tribos, até as mais “exóticas”…rs)! A área é realmente dominada por estudantes!
– Bairro Realejo: o antigo bairro judeu (que, segundo a lenda, é a razão da origem do nome da cidade) bomba de bares locais, tradicionalmente espanhóis, assim como bares/pubs ingleses e irlandeses! A Plaza Campo del Principe (ou El Campo del Principe) é um ponto de encontro mais que estabelecido na área… Algumas sugestões no bairro: Paddy’s Pub e Casa Lopez Correa
– Venta el Gallo (fica AQUI): por fim, mas não menos importante, vou deixar uma sugestão pra quem quiser ver um show de flamenco “tradicional” na terra onde essa linda dança surgiu… Eu coloquei “tradicional” entre aspas pq, há muito tempo, esse lugar deixou de ser algo voltado “para os locais” pra se tornar um imbatível atrativo de turistas… Não há nada de errado nisso, mas não custa deixar vcs alertados que será um típico “pra gringo ver”, né? Mesmo assim, vale a experiência!
Ida para Almeria e estacionamento por lá
De Granada, nossa viagem seguiria de volta rumo ao mar mediterrâneo, então decidimos fazer um pit-stop em Almeria, já que ouvíamos falar bastante dessa cidade espanhola! O trajeto seria de mais ou menos uns 170 km, o que levaria menos de 2 hrs (veja trajeto AQUI)! Desnecessário dizer que as estradas são impecáveis e a paisagem é de uma particularidade incrível! Compensa mto alugar carro nessas ocasiões…a gente ama! Liberdade de ir parando onde queremos!
DICA: Pra garantir que íamos estacionar num local central, configuramos o GPS pra Catedral de Almeria (certeza de estarmos no coração histórico da cidade) e boa! Quando estávamos quase chegando, pedi que o GPS me mostrasse estacionamentos nas redondezas e voilá: não tivemos nenhum problema!
No centro da cidade é quase impossível achar vagas públicas (aquelas indicadas por uma faixa azul)! Preste atenção nisso, pq as vagas com linhas verdes são só pra moradores, enquanto as linhas brancas são grátis…mas são muuuuito raras no centro! Como já disse, tem estacionamentos privados por todo lado, como, por exemplo, na Plaza San Pedro e na Calle Real, próximo à Catedral já!
DETALHE: Olha a maquininha de pagar estacionamento na foto aí embaixo (como vcs podem ver, aceita cartão, notas e moedas)!
Centro histórico de Almeria
Começamos nossa pernada por lá na Catedral de Almeria (fica AQUI), um exemplar único do estilo catedral-fortaleza (uma catedral com estrutura de fortaleza):
O centro histórico de Almeria pareceu bem sossegado (e vazio) em comparação às outras cidades espanholas que já visitamos, talvez pq seus maiores atrativos não estejam concentrados por aqui (a Alcazaba fica no alto de um monte e os estúdios de cinema ficam afastados do centro):
DICA: Ao longo da cidade, vc se depara com esses totens indicando que filme foi rodado naquela localização, com detalhes e curiosidades da filmagem! Pros amantes de cinema é um prato cheio, veja a rota certinha AQUI!
CURIOSIDADE: Ninguém menos que John Lennon se inspirou aqui em Almeria pra compor a famosa Strawberry Fields Forever! Isso e outras curiosidades do cinema vc pode conferir em La Casa del Cine!
CURIOSIDADE 2: Humildemente, Almeria é famosa e reconhecida atualmente por ser um dos vários locais de filmagem de nada menos que Game of Thrones…aaaaaaaaaaaaaaaaa! Entenderam pq eu fiz questão de dar uma passadinha por aqui? Mas eles usam, principalmente, estúdios localizados em áreas beeeeem remotas e afastadas do centro (eles rodam as cenas da Danny e seu khalasar, como aquela que ela bota fogo na porr@ toda, sabe? Rainhaaaaa)!
Eles tb tem uma “calçada da fama”, nos moldes de Hollywood, veja na foto abaixo, na frente de um teatro deles:
Descer a Calle Belén a caminho do mar é um passeio bastante agradável depois que vc concluir suas caminhadas pelo centro histórico!
E, claro, seguir pelo Parque Nicolás Salmerón (paralelo ao mar) é quase que obrigatório!
Fora isso, Almeria não chamou taaaaanto a nossa atenção, não (essa é a minha opinião, antes que alguém proteste)…o problema é que a gte acaba, involuntariamente, comparando as cidades umas com as outras, o que não contribuiu para a avaliação da pobre Almeria…rs! Mas eu pesquisei um pouco mais sobre a história daqui e descobri essa página AQUI do site oficial da cidade que tem dicas de temas a explorar enquanto estiver de passagem por lá! Se joga!
El Cable Inglés em Almeria
Talvez o maior símbolo da cidade, o famoso Cable Inglés é essa estrutura de ferro projetada por ninguém mais, ninguém menos que Gustave Eiffel! Já ouviu falar dele? Hehehehe… Fica no porto e foi projetado pra ser uma forma de carregar (levar carga até) os navios!
Alcazaba de Almeria
Daqui do centro histórico, onde quer que olhássemos para o horizonte à oeste, podíamos admirar o segundo maior Alcazar da Espanha! Isso mesmo, com exceção de Alhambra, que acabamos de conhecer em Granada, esse complexo muçulmano em Almeria é um dos maiores do país!
Foi todo construído no século X e possui três recintos, dois muçulmanos e um católico (construído após a retomada dos reis Católicos)…vc pode ver mais detalhes de localização e horários de funcionamento AQUI! Lá vou eu pedir ajuda ao Tio Google pra mostrar umas fotos legais pra vcs:
Acho que já deu de Granada e Almeria, né? Bora pra próxima cidade espanhola?
Hasta luego, amigos!