Quando vc acha que já se embasbacou com tudo nessa vida, vc vai e conhece Ninh Binh, no Vietnã! Acredite em mim: esse lugar é surreal e vale MUITO o esforço de chegar até lá!
Ficha Técnica de Ninh Binh:
Quando fomos pra lá: Janeiro
Temperatura média na época: 21 a 24 graus durante o dia e 18 a 20 graus à noite
Quantos dias passamos lá: 0,5 dia e início da noite
O que você vai encontrar nesse post (se preferir, pode clicar nos assuntos pra ir mais rapidinho…rs):
Visto para o Vietnã e moeda local
Day Tours pra Ninh Binh
Ida pra Ninh Binh a partir de Hanói
Transporte até Tam Coc e Locker pras bagagens
Tam Coc: passeio de barquinho por entre montanhas e plantações de arroz
Ninh Binh: o que fazer por lá?
Saída de Ninh Binh: trem ou busão?
Visto para o Vietnã e moeda local
Brasileiros precisam de visto para visitar o Vietnã e isso pode ser feito de duas formas: via embaixada (envio do passaporte pelos correios) ou por empresas/agências de turismo autorizadas a emitirem uma carta de aprovação para que vc solicite seu carimbo na chegada aos aeroportos de lá (processo denominado de E-visa). Vms entender os dois?
1) Visto pela Embaixada (tipo C1 ou DL: turismo):
Já adianto que essa foi a opção escolhida pela gente…e vou explicar pq! Nossa Magu, mas o processo online parece ser tão prático…pq vcs fizeram o processo de enviar e receber os passaportes via Correios? A gente chegaria no Vietnã via aeroporto internacional de Hanói, o que era uma vantagem para fazer o E-visa, mas sairíamos por terra de Ho Chi Minh….o que, aparentemente não seria nenhuma problema (já que é só pra sair mesmo), mas como a fama de corrupção nas fronteiras do Vietnã é bem grande, ficamos com o pé atrás e preferimos fazer o processo tradicional mesmo!
Como vc pode ver em detalhes AQUI no site oficial da embaixada do Vietnã no Brasil, nós mandamos email pra “tlsqvnsp@uol.com.br” ou “embavina@yahoo.com” e recebemos o detalhamento do procedimento de requisição de visto. Basicamente: preencher formulário (AQUI), pagar taxa com depósito em conta e enviar tudo isso junto com o passaporte e foto via SEDEX. Recebemos nosso passaporte com o visto mais ou menos 1 semana dps!
Na época, a taxa do visto foi de R$ 170 (modalidade single entry/entrada única, válido por 90 dias), além dos R$ 50 referentes ao SEDEX do envio). A Embaixada do Vietnã em Brasília localiza-se no seguinte endereço:
2) Processo online: Approval Letter + Visto na chegada:
DETALHE:Viajantes chegando pelos aeroportos de Hanoi, Da Nang, Ho Chi Minh ou Nha Trang tb devem preender um formulário de entrada que vc encontra lá nos próprios aeroportos (ou vc pode baixar antes nos sites deles).
Há diversas opções para quem quer conhecer esse lugar incrível, variando desde empresas oferecendo esse tipo de passeio, que podem ser passeios de apenas um dia, o famoso bate e volta, ou até pacotes mais longos. Como pudemos verificar lá pessoalmente, há diversos hotéis na região para atender os turistas.
Então vale buscar no TripAdvisor, Viator, Booking e até em empresas locais, caso você queira algo mais estruturado/guiado. Sério, há uma infinidade de opções para todos os gostos, bolsos e possibilidades logísticas.
Como a gente, pra variar, alocou uma janela restrita pra encaixar esse passeio, optamos por meter a cara e irmos sozinhos até lá (depois de mto estudar sobre o lugar e saber que isso era possível, claro). Não vou dizer que foi mamão com açúcar porque envolveu alguns mini sustos e perrengues, mas nada preocupante ou realmente desafiador. Exigiu um certo traquejo de viajantes experientes que somos (principalmente na parte da rodoviária de Hanói), mas deu tudo certo no final (veja a próxima seção para os detalhes…rs)!
Ida pra Ninh Binh a partir de Hanói
Primeiro desafio na saga até Ninh Binh: ir até a rodoviária de Hanói e conseguir embarcar num ônibus para nosso próximo destino. Como fizemos? Pedimos pro pessoal do nosso hotel chamar um táxi de confiança que nos levasse até Giap Bat (o nome dessa rodoviária ESPECÍFICA de onde partem os busões pra Ninh Binh). E por que eu digo “rodoviária específica”? Porque é claro que existirião várias rodoviárias e estações espalhadas pela capital do Vietnã pra deixar o pobre turista perdidasso, né? kkkkkk
Então vamos lá…Giap Bat fica na parte sul de Hanói (aqui) e é beeeem grande e estruturada (pelo menos `à primeira vista). Tem wifi liberado (salvação), mas ninguém fala inglês (acredite em mim: NINGUÉM). Na época que fomos, era cobrado 1000VND para usar o banheiro.
ATENÇÃO: Assim que chegamos à estação, um monte de gte tentou nos persuadir pra comprarmos com eles… Não tem nenhum problema nisso, tirando a confusão, contanto que vc insista que eles te levem até o guichê oficial (mesmo eles não falando nada de inglês, dá pra ir se virando e pedindo pra ir até o guichê)! 😉
Depois de ralar um pouco para encontrar o guichê certo da empresa que faz o trajeto para Ninh Binh (quando o novo desafio virou fazer eles entenderem nossa pronúncia…até mostrarmos por escrito pra eles), mais outros moleques vão começar a te cercar e atazanar pra te direcionar pros micro onibus. Juro, é difícil saber se estão querendo te dar um golpe, se é só desespero mesmo pra tentar conquistar um cliente, ou se são os funcionários daquela empresa que vc acabou de compras as passagens. Mais um tiquinho de confusão, como eu já tinha adiantado.
Já tínhamos sondado que tinha transporte saindo a cada 15 minutos e levando 2 horas e meia até lá a partir de 70000d (U$ 2,80), sendo a Minh Long e a Hoang Long as empresas mais “top”. Também tinha a Anh Tuan saindo 12:20 70000d, mas a empresa X.E Viet Nam acabando chamando mais a nossa atenção pq, apesar de ser bem mais cara que as outras (o que nos levava a crer que seria mais confiável), saía em vários horários bons pra gente (como 12, 12:15 e 12:30) e prometia chegar lá por volta das 13:45 ou 14:15. O preço era 130000d (U$ 5,20). Ou seja, era essa empresa que buscávamos! Foi aqui que eu busquei algumas dessas informações.
Sinceramente? Até hoje não sei dizer se foi essa empresa que usamos, tamanha a confusão lá na rodoviária…kkkkk (tenho 99% de certeza que não foi, de que fomos enrolados, mas tudo deu certo no final).
Ufa! Tickets na mão, era hora de buscar nosso ônibus e partir pra Ninh Binh….
Como se isso fosse algo trivial, né? kkkkkk…não bastasse o suador até aqui, depois que vc finalmente consegue entrar no nosso ônibus (ou microônibus, no nosso caso…mais uma evidência fortíssima de que tínhamos sido engabelados….rs), o motorista enrola mais de 30 mim dentro da estação pra pegar mais gte (literalmente chamando as pessoas do lado de fora, tipo aquelas vans complementares do nosso Brasil). Fora o tempo q enrola na rua ao lado da estação DEPOIS DE SAIR! Sim, ele vai andando a 10 km/h pra ir chamando pessoas em plena AVENIDA!!! Agora eu dou risada….mas enquanto estávamos lá, olhando pro relógio, e constatando que chegaríamos super tarde a Ninh Binh, eu não via graça alguma.
Ou seja, tentem NÃO pegar microôbus (se conseguirem evitar, claro….kkkkk)!!!
Não é que o microônibus fosse ruim não, era até ajeitadinho….mas ele vai parando a cada 10 metros para pegar e deixar pessoas no caminho. Não é a melhor opção pra quem tem pouco tempo….
Nós compramos umas bebidas e uns snacks antes de entrar na “van” e partiu….seja o que Deus quiser!
DICA: Existem também a opção de trem saindo de Hanói até Ninh Binh, para quem tiver interesse. Ele sai em diversos horários (06, 09, 13:10, 19:30), leva 2 horas e meia e custa 64000d. Como achávamos que os ônibus eram pontuais (por que a gente se enganou, né?), não consideramos o trem pra ir mais “rápido” e sair meio dia….trouxas! kkkkkk
Transporte até Tam Coc e Locker pras bagagens
Vocês acham que os perrengues acabaram? Mas é claaaaaro que não, né gente….kkkkkk! De novo, nada absurdo ou assustador, mas sempre vale deixar o alerta pra vcs: cuidado com os táxis em qualquer lugar do mundo!
No nosso caso, negociamos com o taxista, na medida do possível (por toda a dificuldade deles em falar o mínimo de inglês), que queríamos sair dali da estação e ir até Tam Coc pra fazer o passeio de barco pelas plantações de arroz. Ele nos disse que ele incluiria no preço a corrida de táxi E O PASSEIO JÁ, pq tb trabalhava em parceria com os barqueiros. O táxi dele era esse aí da foto, parecia super certinho, bem apresentado….ele até mostrou uma tabela de valores dos passeios.
A corrida levou menos de 10 minutos, mas a bagunça começou na hora que ele nos deixou na cabine que vendia os tickets pro barco. Quando fomos pagar pela “corrida + passeio” (o que era um valor bem mais alto, já que ele tinha incluído o passeio), não demos bobeira e pedimos pra ele confirmar isso na frente do cara do guichê. Daí começou a confusão, pq o taxista dizia que “não era bem assim”, e o moço do guichê dizia que teríamos que pagar pra ele e somente pra ele (no guichê). Enfim….minutos de discussão, confusão pra tirar as malas do bagageiro do carro…e ameaças (da nossa parte) de chamar a polícia para resolver tudo: o taxista saiu super contrariado, com cara de poucos amigos pra gente, mas nós pagamos o que eu já tinha sondado que era o valor praticada para corridas de táxi nesse trecho na época (70000d). Ponto final.
Lockers para as malas: depois de garantir que conseguiríamos fazer o passeio de barco que tanto que´ríamos (já estava entardecendo e o último passeio partiria em menos de 20 minutos….ufa), tínhamos que dar um jeito de guardar nossas malas de forma segura. Não tinha como levar toda a bagagem de 50 dias de mochilão numa canoa, né? Por sorte, o Tiago entrou em um hostel super amigável (com cara de receber bastante turistas do mundo todo) e perguntou se eles armazenariam nossas malas por alguma taxa. Deu certo, foi barato e, aparentemente, seguro! 😉
Esse era o hotel, ficava bem numa esquina de frente pra doca dos barquinhos do passeio:
Tam Coc: passeio de barquinho por entre montanhas e plantações de arroz
Ufa!!! Tickets comprados (veja a tabela com os preços da época) por 150000d para um barco!
Era chegada a hora de relaxar minimamente (depois de tantos momentos de pura tensão) e aproveitar esse lugar mágico que tanto sonhei em conhecer…
O final do dia estava meio nublado, então as fotos não transmitem nem 10% da beleza real desse lugar…mas acreditem em mim: é de outro planeta!
No caminho passamos por diversos hotéis e pousadas suuuuuper simpáticos…bateu até aquela vontadinha de ficar aqui por mais tempo (pq sim, tem mtoooo mais coisas pra se fazer aqui na cidade além do passeio de barco….só não tínhamos tempo!)…
O que não parávamos de ver também eram vendedores barqueiros! Vendendo tudo que vc pode imaginar! Confesso que foi bastante curioso e agradável nos primeiros encontros, mas, conforme isso se repetia diversas vezes, e o nosso barqueiro insistia pra gente comprar algo, foi ficando meio chato….kkkkk (mas naaaada que estragasse a experiência do passeio)…
Se nublado, a gente já ficava sem ar a cada curva do rio…imagine num dia de sol?!
Encontrávamos pequenas cavernas e até alguns templos/altares pelo caminho, assim como muitos aventureiros caminhando pelas margens pra explorar esse lugar!
Tá vendo aquela fenda na rocha ali? Abaixa a cabeça pq vamos passar por ela!!!! Uaaaaaau!
Sério…de verdade….
Nosso barqueiro sendo devidamente fotografado (e sim, eles remam com os pés)! kkkkkk
Pra sempre na memória…
Outra das mais procuradas atrações da região: esse lindo templo lá no alto deve ter a melhor vista de todas!
Será que amamos o passeio: sim ou com certeza?
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Ninh Binh: o que fazer por lá?
A área ali no entorno do local que partem os passeios de barco se tornou um antro de mochileiros e turistas em geral, então tem toda a estrutura que vc poderá precisar durante sua passagem. Assim que descemos do barquinho (e demos a gorjeta que o barqueiro ficou o caminho da volta inteiro enchendo nosso saco pra gente dar), sentimos uma vibe bem gostosa ao ver a população local se divertindo à beça num jogo misto de vôlei! Tive que segurar o marido pra ele não entrar de próximo…
Vcs se lembram da rua bem de frente ao guichê dos passeios? Pois bem, esse rua central é chamada informalmente de “Backpackers Street” pq é onde os turistas acabam se concentrando….e por um bom motivo! É aqui que vc encontra não só hotéis e restaurantes/bares, mas tb farmácias, casas de câmbio, caixas eletrônicos, pontos de táxi, etc…
Nós escolhemos um restaurante bem central e simpático para ficar algumas horinhas até a hora de partirmos para a estação de trem (pq hoje nossa viagem seria de trem noturno até Hué).
Se não bastasse a comida boa e a cerveja pra relaxar de todo o estresse (tudo muito barato, diga-se de passagem), ainda tivemos um das experiências mais autênticas das nossas vidas de mochileiros: outros turistas vieram pedir pra tirar fotos com a gente para mandarem pros seus amigos que não puderam vir! hahahahahahaha….gente, é sério! O sudeste asiático é perfeição pura! Foi a “primeira vez” que isso nos acontecia, mas não seria a última nessa nossa passagem pelo Sudeste Asiático…acreditem! kkkkk
Saída de Ninh Binh: trem ou busão?
Nosso próximo destino seria a antiga cidade imperial de Hué, uma parada mais que estratégica no meio do caminho daqui até Ho Chi Minh (ou Saigon, pros íntimos). Vc pode fz o trajeto de Ninh Binh pra Hué de trem ou de busão, sendo que esse último te dá também a opção de viajar de noite e combinar a comodidade do transporte com a acomodação daquele dia…
Você pode sondar as opções que existem nesse site aqui, que tem mta informação sobre transportes na Ásia!
Por coincidência, o restaurante que optamos por “fazer hora” depois do passeio era um ponto de partido desse busão noturno, e pudemos ver as pessoas embarcando nele rumo ao sul do país (sim, Hué não é o destino final e exclusivo…a rota é grande).
Em termos de preço, os dois se equivaliam, então optamos por ir de trem pra matar dois coelhos com uma cajadada só: já aproveitaríamos o deslocamento pra conhecer o icônico e famoso (pelo menos entre os mochileiros) trem vietnamita! Dessa forma, lá fomos nós pra estação de trem perto da hora de partir (que era quase meia noite):
PS: Dessa vez negociamos mais facilmente com o taxista que queríamos ir até a estação de trem… 😉
A estação de Ninh Binh é bem ajeitadinha e, apesar de estar vazia quando chegamos, ficou bem cheia e movimentada de turistas quando a hora do trem se aproximava:
Já tínhamos comprado nossos tickets via site da 12go.asia, então aqui só apresentamos nossos tickets no guichê para retirar a passagem local e pegar informações da plataforma de partida.
Lojinha de conveniência salvando a nossa viagem sempre…
Hora de ir para a plataforma de embarque e esperar pelo nosso trem… Hué, aí vamos nós!
DICA: Pegamos tickets para cabine com 4 camas. Claro que reservamos apenas 2 camas, e é aí que está a dica…se estiverem em casal, como nós estávamos nesse caso (ainda não tínhamos nossas duas mochileirinhas que agora temos), reservem sempre as duas camas DE BAIXO! É muito mais prático pra vc se ajeitar, pra sair pra ir ao banheiro, pra armazenar suas bagagens, etc. O casal norte-americano que ficou nas camas de cima, apesar de serem super simpáticos, não ficaram nada felizes em ter q fz exercícios de malabarismo o tempo todo que queria se deitar (além de não terem tanta “liberdade” pra ficar pra fora da cama quanto a gente tinha). Como disse: a gente tem experiência de anos de estrada….rs
Nos vemos no próximo post, já em Hué! Bati e dormi na deliciosa cama do trem…. Tchau, Ninh Binh!
