A cidade onde nasceram os cantos Gregorianos!
Localizada na confluência dos rios Moselle e Seille, perto da tríplice fronteira entre França, Alemanha e Luxemburgo, Metz, o coração econômico da região de Lorraine, tem uma rica história de 3.000 anos, tendo sido o berço da tradição carolíngia dinastia, berço do canto gregoriano e uma das mais antigas repúblicas da Europa. A cidade foi imersa na cultura francesa, mas foi fortemente influenciada pela cultura alemã devido à sua localização e história. Uma bacia de ecologia urbana, Metz ganhou o apelido de Cidade Verde, pois possui extensas áreas abertas e jardins públicos. O centro histórico da cidade é uma das maiores áreas comerciais de pedestres da França.
Ficha Técnica de Metz:
Quando fomos pra lá: Dezembro
Temperatura média na época: 0 a 5 graus durante o dia
Quantos dias passamos lá: 0,5 dia
O que você vai encontrar nesse post (se preferir, pode clicar nos assuntos pra ir mais rapidinho…rs):
Visto para a França e moeda local
Ida pra Metz
Carro e estradas na França
Catedral e Mercado Central de Metz
Place de la Comédie e o Templo Novo: uma ilha no meio do rio Moselle
Jardin de l’Esplanade de Metz
Porte des Allemands: o antigo portão de Metz
Visto para a França e moeda local
Eu sei que a França é um destino mais “popular” (ou comum) entre brasileiros, então você já deve saber que NÃO, nós não precisamos de visto pra entrar em território francês pra estadias de até 90 dias. Isso é válido para a França “metropolitana” que inclui, além do país “titular”, as regiões de São Martinho, São Bartolomeu, São Pedro-e-Miquelon, Polinésia Francesa, Guadalupe, Martinica e Ilha da Reunião.
Outra coisa que brasileiro já está careca (e pobre) de saber, é que a moeda usada na França é o EURO…então prepare o bolso (porque, além de ser sempre valorizado em relação ao real, as coisas lá são REALmente caras)! kkkkk
Depois de uma passagem inesquecível pelo pouco reconhecido país de Luxemburgo (veja meu post aqui), seguimos nossa roadtrip França adentro rumo a Metz, essa cidade localizada no norte da França, praticamente fazendo fronteira com Luxemburgo.
A rota que faríamos nessa aventura de carro está traçada no mapa abaixo. O início e o fim da roadtrip foi o aeroporto de Bruxelas, mas o trajeto seria bem maior. Inicialmente, fomos rumo ao oeste pra conhecermos Bruges e Gante. No entanto, depois descemos pra Luxemburgo antes de entrar na França (região da Alsácia e seus vilarejos). Em seguida, iríamos pra Suíça, Liechtenstein, Alemanha e Holanda…pra então voltar à Bélgica e fechar com chave de ouro! Uau!
Mas vamos nos concentra na nossa próxima parada: Metz!
A viagem levou apenas um pouco mais de 50 minutos pra percorrer os 72 kms que separavam nosso hotel em Luxemburgo e a nossa primeira parada na França.
Fala a verdade: nossa mochileirinha sabe encarar uma estrada como poucos, né? Hehehe!
Eu uso o Google Maps pra traçar nossas rotas em qualquer lugar desse mundo (que dirá na Europa), e ele nunca me deixou na mão. Uso, principalmente, pra me mostrar onde tem pedágio e rotas alternativas pra evitá-lo.
DICA: Basta você traçar sua rota nele e adicionar a opção “Evitar pedágios”. Pronto!
No caso desse trajeto entre Luxemburgo e Metz, não teria nenhum pedágio de qualquer forma, então não nos preocupamos com isso nesse dia (mas isso seria crucial nas próximas paradas). Esse mapinha aí embaixo mostra onde vc pode marcar a opção de evitar pedágios.
Mas vamos lá! Primeiro de tudo, eu sempre me informo sobre as rotas que estamos fazendo na França nesse site aqui, e também uso esse site europeu sobre pedágios em todo o continente (que também me diz o preço atual dos combustíveis em cada país…perfeito)! Tudo isso pra corroborar (ou rechaçar) a rota traçada pelo tio Google…hehehe)…
A França tem um grande e abrangente sistema de pedágio nas suas principais rodovias (geralmente indicadas pela inicial “A”). O pagamento das taxas é feito ao passar pelos guichês, mas também é comum ver túneis e pontes que cobram para serem utilizados (tb com guichês na entrada). Além dos métodos de pagamento clássicos como dinheiro, cartão de crédito ou unidade eletrônica, eles também têm um sistema “sem parar”, assim como nós…mas não é muito usado por turistas.
Pra evitar esses pedágios (que são bem salgadinhos, por sinal), basta concentrar seu trajeto em estradas começando, em geral, pelas letras “N” e “D”. Elas são excelentes também, muitas vezes tão boas quanto as rodovias pagas, e praticamente ficam paralelas às principais! A diferença fica por conta de serem menores em determinados locais, ou terem menos faixas…mas só!
ALERTA: Eu já comentei sobre esse ponto em alguns posts (mais especificamente no meu post de Andorra, nesse tópico aqui), mas vc precisa estar atento à obrigatoriedade do uso de pneus de neve se for inverno (mandatório em várias regiões da Europa, inclusive França).
ESTACIONAMENTO:
Em termos de estacionamento, pra fazer o planejamento da viagem (e, portanto, estimar o quanto gastaríamos “tim-tim por tim-tim”), eu consulto esse outro site queridinho meu aqui e fico por dentro do preço estimado em cada cidade (pelo menos pras principais cidades). Sim, é capaz de vc não achar determinada cidadezinha, se ela for bem “low-profile”, mas já dá pra ter uma ideia da ordem de grandeza e não ficar na mão em termos de orçamento. 😉
Aliás, fica a DICA quando estiver estacionando na França:
Linhas brancas: estacionamento pago.
Linhas amarelas: apenas veículos comerciais e oficiais (ainda que seja permitido deixar ou pegar passageiros nesses locais)
Linhas azuis: reservado pra quem tem o adesivo que permita parar ali.
Catedral e Mercado Central de Metz
Nós chegamos em Metz na manhã do dia 25 de dezembro, então vcs podem entender porque estava tãaaaaao deserto, né? O povo ainda estava digerindo a ceia de Natal…hehehehe!
Nós optamos por começar as andanças no coração da cidade antiga, então estacionamos no P3 – Parking Cathedrale e emergimos de, literalmente, debaixo do mercadão central….
E estávamos de frente pra Catedral de Metz!!!
A Catedral de Metz, também conhecida como Catedral de Santo Estêvão, tem a terceira nave mais alta das catedrais da França (com 41,41 metros de altura) e é apelidada de La Lanterne du Bon Dieu (“a lanterna do bom Deus”) por exibir a maior extensão de vitrais NO MUNDO (ocupando um total de 6.496 m2)!
OBS: Nesse dia, a Place d’Armes, que fica do lado leste da catedral, estava toda cercada por grades e tinha um contingente ASSUSTADORAMENTE grande de molitares armados patrulhando seu perímetro. Eles chegaram a inclusive virem (de forme bem grosseira) nos perguntar o que estávamos fazendo lá…isso pq estávamos os dois com uma bebê de colo tirando mtas fotos…bem turistões! Pavor.
Então, fomos pra o lado oeste da catedral e nos deparamos com a charmosa Place de Chambre:
Place de la Comédie e o Templo Novo: uma ilha no meio do rio Moselle
Vindo da Catedral, rumamos alguns passos mais para o oeste onde poderíamos apreciar o que talvez seja o cartão postal da cidade: a vista do Temple Neuf “flutuando” na Île du Petit-Saulcy bem no meio do rio Moselle! Uau!
O Temple Neuf, ou Novo Templo Protestante, é um edifício de culto reformado construído em Metz entre 1901 e 1905, durante o período guilhermino. A paróquia agora é membro da União das Igrejas Protestantes da Alsácia e Lorena.
Só sei que daqui se tem uma vista liiiiinda do rio e se pode caminhar pelos charmosos Jardins do Amor (Jardin d’Amour)…nossa Catarina aprovou demais! rs
PS: O martírio do período em que a bebê ainda não anda sozinha e é vc que tem que ficar bancando a/o Corcunda de Notre Dame pra ajudá-la nas explorações… #help
Eu quero pular na água, mamãe! Me deixa! (qdo sono e fome começam a bater e vc sente o escândalo vindo…rs)
Já que não posso pular na água, também não vou sorrir pra foto nenhuma….
Feliz Natal direto de Metz!
VALE O ALERTA: Bem na frente do ponto mais turístico de Metz, adentramos um restaurante (esse aqui) pra comermos e, se possível, pedirmos pra esquentarem uma comida que trouxemos de Luxemburgo pra ela. Como era um café, eles só tinham petiscos…e vinho. Se tivesse algo minimamente mais comestível, teríamos pegado pra ela. Só que não. Então, pedimos duas taças de vinho pra nós dois, um suco pra ela, alguns petiscos pra gente (amendoim e batata chips)…e perguntamos se ele (o homem que era o dono) poderia esquentar a comida dela (que já estava numa vasilha que poderia ir direto ao forno). Ele se recusou. E ainda reclamou. E nos tratou mal. E não se importou nem por um segundo com o fato de que ela estava BERRANDO de fome. O que fizemos? Devolvemos tudo que ele tinha colocado na mesa, inclusive as taças já com vinho, e saímos. Sem pagar nada (não tínhamos tocado em nada). Franceses sendo franceses.
Essa caminhada até o parque da Esplanada de Metz foi um tanto quanto revoltante depois do que passamos no restaurante (se vc não leu, volte 1 parágrafo, pro final na seção anterior, e vc vai entender). Mas vamos que vamos, né?
É aqui no Jardin de l’Esplanade que rola praticamente todos os eventos de Metz, tudo que precisa garantir que a multidão vai poder participar, comemorar, etc.
O lugar é enorme, amplo, muito bonito…e vale a caminhada caso vc esteja passeando por aqui.
Sem contar que ele está coladinho às Galerias Lafayette daqui de Metz, caso vc se empolgue nas compritchas…hehehe!
E daqui vc também já está de volta ao “miolo” do centro histórico da cidade, e poderá se embrenhar novamente por suas ruelas e edifícios históricos:
Porte des Allemands: o antigo portão de Metz
Na saída da cidade, vc poderá apreciar a Porte des Allemands, ou Portão dos alemães, essa ponte de um castelo medieval e que já serviu de portão da cidade em Metz. É uma relíquia das fortificações medievais, e ainda apresenta suas duas torres redondas do século XIII e dois bastiões de canhão do século XV, sendo listado como um importante monumento histórico da França:
Acho que, assim, encerramos nossa rápida (e um tanto quanto traumatizante…hehehe) passagem por Metz, na França! Bora seguir viagem porque ainda tem muita coisa pelo nosso caminho… Próxima parada: Estrasburgo, a capital mundial do Natal em pleno dia de Natal!