Um lindo refúgio (literalmente) que a Suíça tem encravada entre a França e a Alemanha!
Pela sua similaridade com o nome da cidade (e por ter ganhado o apreço do povo), o basilisco passou a ser intimamente associado à cidade desde 1448, e é frequentemente utilizado como símbolo daqui, representado em moedas e encontrado em muitos ornamentos pela cidade. A Basiléia é comumente considerada a capital cultural da Suíça, fama alcançada graças aos seus 40 museus espalhados pelos quatro cantos daqui… O Kunstmuseum, por exemplo, é a primeira coleção de arte acessível ao público NO MUNDO (desde 1661) e o maior museu de arte na Suíça! Como se isso não bastasse, a Universidade da Basiléia, a mais antiga da Suíça (fundada em 1460), tem um compromisso de séculos com o humanismo, o que tornou essa cidade um refúgio seguro em tempos de agitação política em outras partes da Europa! Dentre os notáveis refugiados que pra cá vieram, estão: Erasmo de Roterdã, a família Holbein, Friedrich Nietzsche e Carl Jung. E você, quer conhecer a Basiléia também?
Ficha Técnica de Basiléia:
Quando fomos pra lá: Dezembro
Temperatura média na época: -1 a 3 graus durante o dia
Quantos dias passamos lá: 0,5 dia
O que você vai encontrar nesse post (se preferir, pode clicar nos assuntos pra ir mais rapidinho…rs):
Visto para a Suíça e moeda local
Ida pra Basiléia
Carro e estradas na Suíça
Old Town da Basiléia
Rio Reno
Visto para a Suíça e moeda local
Eu sei que a Suíça tem tanta fama de parecer ser “um outro mundo”, que pode parecer difícil entrar lá pra visitar…mas não é nada disso! Brasileiros não precisam de visto pra turistar por lá por até 90 dias!
Outra coisa que brasileiro já está careca (e pobre) de saber, é que as coisas na Suíça são caras, ou pelo menos mais caras do que no restante da Europa…pelo menos é essa a fama desse país! O que talvez a maioria não tenha noção é que a moeda usada na Suíça não é o euro, e sim o Franco Suíço! Isso mesmo, eles tem uma moeda diferente dos vizinhos (a não ser Liechtenstein, que também adota essa moeda, mas vms falar disso no post deles)! Seu valor é quase sempre similar ao do Euro, por vezes é ligeiramente mais baixo.
DICA: Se vc só estiver passando rapidamente pela Suíça, não se preocupe em comprar francos suíços porque o Euro é amplamente aceito por lá…a desvantagem é que pra converter ali ao vivo (numa loja, restaurante, etc), eles podem (e devem) te cobrar uma taxa menos favorável do que a que vc teria numa casa de câmbio (pq eles terão que ir lá trocar depois né…não vão querer sair perdendo). Mas caso vc vá ficar mais tempo, te aconselho a trocar dindin pro francos sem dúvida!
A rota da nossa incrível roadtrip está traçada no mapa abaixo. O início e o fim da roadtrip foi o aeroporto de Bruxelas, mas o trajeto seria bem maior. Inicialmente, rumamos para o oeste pra conhecermos Bruges e Gante, ainda na Bélgica, e só depois descemos pro sul pra visitar Luxemburgo. Em seguida, adentramos a França, começando por Metz e Estrasburgo, pra daí seguir explorando a região da Alsácia e seus vilarejos medievais. Na sequencia, passamos por Colmar, pra nos despedirmos da França, antes de partirmos pra Suíça (começando pela Basiléia). De lá, ainda iríamos pra Liechtenstein, Alemanha e Holanda…pra só então voltar à Bélgica e fechar com chave de ouro! Uau!
Mas vamos nos concentrar na nossa próxima parada: Basiléia!
Nesse dia, a viagem tinha começado lá em Colmar, que fica apenas 65 km ao norte daqui, o que levou cerca de 50 minutinhos (SEM PEDÁGIO na França, mas COM PEDÁGIO na Suíça, que vou explicar melhor como funciona na próxima seção).
Quem é mochileirinha rata de estrada aí levanta a mão….ops, pega seu livrinho! kkkkk
DETALHE: Eis que estávamos dirigindo calmamente por uma cidadezinha FRANCESA, seguindo placas que indicavam a estrada que estávamos seguindo, quando nos deparamos com a SUÍÇA a frente e a ALEMANHA ao lado. Lugar “perigoso”, né? Imagine a falta de segurança da população daqui? kkkkkkk
CURIOSIDADE: Pra quem não sabe, CH é a sigla da Suíça (do latim “Confoederatio Helvetica”, pra não favorecer nenhuma das quatro línguas oficiais do país), D é a sigla da Alemanha (Deutschland, obviamente) e F, claro, representa a França.
Eu uso o Google Maps pra traçar nossas rotas em qualquer lugar desse mundo (que dirá na Europa), e ele nunca me deixou na mão. Uso, principalmente, pra me mostrar onde tem pedágio e rotas alternativas pra evitá-lo.
DICA: Basta você traçar sua rota nele e adicionar a opção “Evitar pedágios”. Pronto!
No caso desse trajeto entre Colmar e a Basiléia, não teria pedágio no território francês, mas há cobrança de “pedágio” nas estradas suíças…ou melhor: há um “vignette”.
Mas que diabos é isso agora, Magu?
Pra rodar nas estradas suíças, vc precisa ter um adesivo colado no seu parabrisa pra indicar que vc já pagou a taxa de manutenção das estradas. A vinheta autoestrada é obrigatória para veículos de primeira e segunda classes (até 3,5 toneladas), incluindo trailers, em todas as autoestradas, e é vendida apenas como autocolante com validade anual (não tem cabines de cobrança).
Ele custa CHF 40 e vale por 1 ano, e vem com o número daquele ano.
DICA: Eles podem ser comprados em pontos de venda comuns, como postos de gasolina, correios, etc. Pra vcs terem ideia, a gente comprou nosso vignette numa agência dos correios no centro histórico da Basileia…foi super simples!
DICA 2: Não se preocupe se vc tiver ACABADO de adentrar o território suíço e ainda não tiver seu vignette…se vc não tiver intenção de parar em nenhuma cidade logo, vc pode adquirir o seu adesivo na própria fronteira (na cabine) ou basta parar em algum posto de gasolina e comprar. E se um guarda te parar antes disso, basta explicar a situação pra ele, mostrando o seu destino, de onde vc veio, etc (aqui na Suíça eles confiam que vc está dizendo a verdade…sempre).
ATENÇÃO: Parece que uma vinheta eletrônica estará disponível a partir de 2023…então isso aqui será atualizado em algum momento (quando eu voltar a visitar a Suíça)!
De maneira geral, eu sempre me informo sobre as possíveis cobranças nas estradas nesse site europeu sobre pedágios em todo o continente (que também me diz o preço atual dos combustíveis em cada país…perfeito)! Tudo isso pra corroborar (ou rechaçar) a rota traçada pelo tio Google…hehehe)…
ALERTA: Eu já comentei sobre esse ponto em alguns posts (mais especificamente no meu post de Andorra, nesse tópico aqui), mas vc precisa estar atento à obrigatoriedade do uso de pneus de neve se for inverno (mandatório em várias regiões da Europa). Apesar de não ser obrigatório na Suíça (veja aqui), eles exigem que seu carro esteja em ótimas condições gerais pra rodar nas estrada…e é responsabilidade do motorista garantir isso.
ESTACIONAMENTO:
Em termos de estacionamento, pra fazer o planejamento da viagem (e, portanto, estimar o quanto gastaríamos “tim-tim por tim-tim”), eu consulto esse outro site queridinho meu aqui e fico por dentro do preço estimado em cada cidade (pelo menos pras principais cidades). Sim, é capaz de vc não achar determinada cidadezinha, se ela for bem “low-profile”, mas já dá pra ter uma ideia da ordem de grandeza e não ficar na mão em termos de orçamento. 😉
Aliás, fica a DICA quando estiver estacionando na Suíça:
Zonas Azuis: 1 hora grátis pros veículos com autorização pra estacionar ali (moradores que tenham um p-disc azul) de segunda a sábado, das 08:00 às 18:00.
Zonas Brancas: estacionamento pago e limitado perto de um parquímetro (na maioria, vc só pode parar por 1 hora…no máaaaximo 2 horas).
Zonas Amarelas: sem estacionamento e sem espera na beira da estrada.
Ou seja, as garagens são sua melhor* alternativa por aqui….por não ter limite de tempo!
*Mas prepare seu bolso: vai doer. É caro, muito caro….hehehe!
Começamos as andanças pela Altstadt, a cidade antiga da Basiléia, pela Marktplatz…e ela é muito fofa! Olha esse prédio da Rathaus, a Prefeitura/Parlamento deles, genteeeee!
ATENÇÃO: Nós estacionamos no Parkhous Storchen, coladinho ali na praça principal…mas foi caro, viu? Ave Mariaaaaa! Até hoje a gente tem calafrios de lembrar do tanto que pagamos por hora nesse lugar…Jesus!
Mas enfim…vamos em frente….voltando pra Marktplatz:
E se vc achou a prefeitura bonita por fora…olha ela por dentro!!! Esse prédio tem 500 anos….uau!
Será que a nossa mochileirinha ficou embasbacada com esse show de música clássica em plena Rathaus?
Dali, partimos pra cabeça da ponte Mittlere Brücke só dar uma espiadinha no Rio Reno em sua versão suíça…e não há nada mais suíço do que um tram (esse bonde) cortando por entre esses prédios clássicos pra cruzar a ponte e seguir viagem…
Olha o Reno aí (de novo)!
Mas, por enquanto, a gente queria seguir explorando a Basiléia do lado de cá. A Freie Strasse é uma rua de pedestres enorme que corta quase todo o centrinho da cidade…e é FORRADA de tudo que vc pode imaginar, de lojas a restaurantes, a museus e outros prédios históricos.
OBS: Inclusive foi aqui que compramos nosso vignette pra rodar nas estradas suíças…nessa filial dos correios aqui!
Outros lugares que vc pode (e deve) explorar por lá são as ruas Leonhardsberg, Spalenberg, Heuberg, o Fischmarkt (o mercado de peixes), a Petersgasse e a praça Andreasplatz…dentre muitas outras!
Nós queríamos subir até a Münsterplatz, onde fica a Catedral da Basiléia…e nós realmente precisamos SUBIR até lá. É uma ladeirinha consistente (pra quem está empurrando um carrinho, principalmente)…e olha o tamanho do orgulho do Tiago ao se dar conta de que todos os homens ao redor estavam empurrando seus respectivos filhos! Aí sim!
Bora subir essa Rheinsprung:
Destaque pra fonte Augustiner Brunnen…linda!
Detalhes das casas por aqui:
Chegamos na charmosa Münsterplatz….e olha a Basler Münster (a catedral) toda imponente aí!
E vale MUITO a pena entrar nela…arquitetura deslumbrante! Originalmente, foi construída como uma catedral católica entre 1019 e 1500 (olha qto tempooooo) nos estilos romântico e gótico, mas atualmente é uma igreja protestante reformada.
Catarina amou isso aqui:
Aproveite todos os cantinhos desse lugar!
Eu sei que a gente já deu uma espiadela no Rio Reno lá no início das andanças aqui pela Basiléia, mas é daqui do Pfalz, um mirante coladinho à Catedral, que vc tem a melhor vista dele….com direito a babar ainda mais nas típicas casinhas construídas às suas margens!
O Rio Reno, pra quem ainda não se tocou desse fato, corta APENAS Suíça, Liechtenstein, Áustria, França, Alemanha e os Países Baixo. Ele se estende por 1233 km, cortando a Europa de sul a norte, e, assim como o Rio Danúbio, constituiu basicamente a fronteira do antigo império romano por muito tempo!
Outra vista interessante que se tem do Rio Reno é de cima da Wettsteinbrücke, essa ponte que atravessamos pra sair da área chamada de Altstadt Grossbasel (na margem esquerda) e chegar até o outro lado da cidade da Basiléia, conhecido como Kleinbasel (na margem direita do rio).
OBS: Claro que, se tem foto do papai e da mamãe juntos, significa que nossa mochileirinha já estava capotada e bem quentinha no seu carrinho…e uma alma caridosa viu nossas tentativas de selfie com o rio Reno e se prontificou a tirar essa fotinho pra gente! Viva!
Olha a Catedral que tínhamos acabado de visitar bem ali:
Já do outro lado do rio, vc encontra essa super maquete da cidade pra te deixar ainda mais de queixo caído por esse lugar…
Coisa linda! E a vista também não é de se jogar fora…
😉
Não é porque ela dorme pelos quatro cantos do mundo que ela não vai ter registros da sua passagem por eles, né? Vai ter Ninoca às margens do Reno na Basiléia sim! kkkkk
Quando me perguntam por que a Catarina não pode ver uma poça d’água que já quer entrar, não importa a temperatura que esteja fazendo, eu só aponto pro pai dela… Ele tem NECESSIDADE de entrar em contato com água O TEMPO TODO! Meu peixe!
Detalhes que fazem toda a diferença:
Esse lado da cidade, chamado de Kleinbasel, também deve entrar pro seu roteirinho de andanças aqui na Basiléia…porque, além de ter bastante coisa pra ver e fazer (parques, ópera, museus, prédios históricos), é muito lindo!
Pra nós, a passagem pela Basiléia estava chegando ao fim porque ainda tínhamos que pegar a estrada rumo a Berna, capital da Suíça e nossa próxima parada nessa roadtrip! Mas essa cidadezinha aqui conquistou um lugar cativo em nossos corações…que prazer ter te conhecido, Basiléia!
Nos vemos no futuro, com certeza!
Partiu pra próxima parada: Berna!
